sábado, 16 de julho de 2011

A MENSAGEM DE CRISTO ÀS SETE IGREJAS




Ap 1.19,20 "Escreve as coisas que tens visto, e as que



são, e as que depois destas hão de acontecer: O mistério



das sete estrelas, que viste na minha destra, e dos sete



castiçais de outo. As sete estrelas sãos os anjos das sete



igrejas, e os castiçais, que viste, são as sete igrejas."






A mensagem de Cristo a sete igrejas locais existentes no oeste da Ásia Menor (ver 1.4 nota) é também para instrução, advertência e edificação dos crentes e igrejas da presente era (cf 2.7,11,17,19;3.6,13,22). O valor dessas mensagens para as igrejas de hoje vê-se nos pontos a seguir: (1) é uma revelaçao do que Jesus ama e anela ver nas igrejas locais, mas também aquilo que Ele condena; (2) uma declaração clara da parte de Cristo, no tocante (a) às consequências da desobediência e descuido espiritual, e (b) a recompensa da vigilância espiritual e fidelidade a Cristo; (3) um padrão pelo qual toda igreja ou indivíduo pode julgar sua verdadeira condição espiritual diante de Deus; e (4) um exemplo dos métodos de Satanás para atacar a igreja ou o cristão individualmente (ver também Jz 3.7 nota). Este estudo aborda cada um desses aspectos sob a forma de perguntas e respostas.



(1) O que é que Cristo aprova? Cristo aprova a igreja que não tolera o ímpio no seu meio, como parte dela (2.3); que averigua a vida, doutrina e declarações dos líderes cristãos (2.2); que persevera na fé, no amor, no testemunho, no serviço e no sofrimento da causa de Cristo (2.3,10,13,19,26); que abomina aquilo que Deus abomina (2.6); que vence o pecado, Satanás e o mundo (2.7,11,17,26; 3.5,12,21); que não aceita conformar-se com a imoralidade do mundo nem com o mundanismo na igreja (2.24; 3.4); e que guarda a Palavra de Deus (3.8,10).



(2) Como Cristo recompensa as igrejas que perseveram e permanecem leais a Ele e à sua Palavra? Ele recompensa tais igrejas (a) livrando-as do período da tribulação que virá sobre o mundo inteiro (3.10), (b) concedendo-lhes seu amor, presença e estreita comunhão (3.4,21), e (c) abençoando-as com a vida eterna (2.10b).



(3) O que é que Cristo reprova? Cristo reprova a igreja que diminui sua profunda devoção pessoal a Deus (2.4); que se desvia da fé bíblica; que tolera dirigentes, mestres ou leigos imorais (2.14,15,20); que se torna espiritualmente morta (3.1) ou morna (3.15,16); e que substitui a verdadeira espiritualidade, i.e., a pureza, a retidão e a sabedoria espiritual (3.18) por sucesso e recursos materiais (3.17).



(4) Como Cristo castiga as igrejas (cf. 3.19) que entram em declínio espiritual e que toleram a imoralidade no seu meio? Ele as castiga mediante (a) a não renovação do seu lugar no reino de Deus (2.5; 3.16), (b) a perda da presença de Deus, do poder genuíno do Espírito Santo, da verdadeira mensagem bíblica de salvação e da proteção dos seus membros contra a destruição por Satanás (2.5,16; 3.15-19; ver Mt 13, notas a respeito do bem e do mal dentro do reino dos céus durante esta era) e (c) seus líderes postos sob juízo divino (2.20-23).



(5) O que a mensagem de Cristo revela concernente à tendência natural das igrejas à estagnação espiritual, declínio e apostasia? (a) As sete cartas sugerem que a tendência das igrejas é acomodar-se no erro, aceitar falsos ensinos e adaptar-se aos princípios anticristãos prevalecentes no mundo ( vr Gl 5.17 nota). (b) Além disso, observa-se que frequentemente homens e mulheres apóstatas, vis e infiéis estragam as igrejas (2.2,14,15,20). Por essa razão, o progresso espiritual de uma igreja nunca deve ser evocado como prova de que ela está dentro da vontade de Deus, nem para se afirmar que anda na verdade e na doutrina do Senhor. O evangelho, i.e., a mensagem original de Cristo e dos apóstolos, é a autoridade suprema para avaliar o certo ou o errado nesse campo.



(6) Como podem as igrejas evitar a decadência espiritual e o consequente julgamento por Cristo? Estas cartas revelam vária maneiras. (a) Primeira e mais importante: todas as igrejas devem estar dispostas a "ouvir o que o Espírito diz às igrejas" (2.7). A Palavra de Jesus Cristo sempre dever ser o guia da igreja (1.1-3,11), pois esta Palavra, conforme revelada aos apóstolos do NT mediante o Espírito Santo, é o padrão segundo o qual as igrejas devem verificar suas crenças e atividades e renovar a sua vida espiritual (2.7,11,17,29; 3.6,13,22). (b) As igrejas devem continuamente examinar seu estado espiritual diante de Deus e, se for o caso, corrigir seu erro de tolerância ao mundanismo e imoralidade entre os crentes (2.4,14,15,20; 3.1,2,14-18). (c) A frieza espiritual poderá ser extinguida em qualquer igreja ou grupo de crentes, quando houver arrependimento sincero do pecado e um retorno decidido ao primeiro amor, à verdade, pureza e poder da reverlação bíblica de Jesus Cristo (2.5-7,16,17; 3.1-3,15-22) (Fonte: BEP-CPAD pag 1983).






quarta-feira, 25 de maio de 2011

A MORTE




Jó 19.25,26 "Eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra. E depois de consumida a minha pele, ainda em minha carne verei a Deus"


Todo ser humano, tanto crente quanto incrédulo, está sujeito à morte. A palavra "morte" tem, porém, mais de um sentido na Bíblia. É importante compreender os vários sentidos do termo morte.


A MORTE COMO RESULTADO DO PECADO. Gênesis 2-3 ensina que a morte penetrou no mundo por causa do pecado. Nossos primeiros pais foram criados capazes de viverem para sempre. Ao desobedecerem o mandamento de Deus, tornaram-se sujeitos à penalidade do pecado, que é a morte (Rm 6.23a).


(1) Adão e Eva ficaram agora sujeitos à morte física. Deus colocara a árvore da vida no jadim do Édem para que, ao comer continuamente dela, o ser humano nunca morresse (ver Gn 2.9 nota). Mas, depois de Adão e Eva comerem do fruto da árvore do bem e do mal, Deus pronunciou estas palavras: "és pó e em pó te tornarás" (Gn 3.19). Eles não morreram fisicamente no dia em que comeram, mas ficaram sujeitos à lei da morte como resultado da maldição divina.


(2) Adão e Eva também morreram no sentido moral. Deus advertira Adão que se comesse do fruto proibido, ele certamente morreria (Gn 2.17). Adão e sua esposa não morreram fisicamente naquele dia, mas moralmente, sim, i.e., a sua natureza tornou-se pecaminosa. A partir de Adão e Eva, todos nasceram com uma natureza pecaminosa (Rm 8.5-8), i.e., uma tendência inata de seguir seu próprio caminho egoísta, alheio a Deus e ao próximo (ver Gn 3.6 nota; Rm 3.10-18 nota; Ef .2.3; Cl 2.13)


(3) Adão e Eva também morreram espiritualmente quando desobederam a Deus, pois isso destruiu o relacionamento íntimo que tinham antes com Deus (ver Gn 3.6 nota). Já não anelavam caminhar e conversar com Deus no Jardim; pelo contrário, esconderam-se da sua presença (Gn 3.8). A Bíblia também ensina que, à parte de Cristo, todos estão alienados de Deus e da vida nEle (Ef 4.17,18); i.e., estão espiritualmente mortos.


(4) Finalmente, a morte, como resultado do pecado, importa em morte eterna. A vida eterna viria pela obediência de Adão e Eva (cf Gn 3.22); ao invés disso, a lei da morte eterna entrou em operação. A morte eterna é a eterna condenação e separação de Deus como resultado da desobediência do homem para com Deus.


(5) A única maneira de o ser humano escapar da morte em todos os seus aspectos é atraves de Jesus Cristo, que "aboliu a morte e trouxe à luz a vida e a incorrupção" (2 Tm1.10). Ele, mediante a sua morte, reconciliou-nos com Deus, e, assim, desfez a separação e alienação espirituais resultantes do pecado (ver Gn 3.24 nota; 2 Co 5.18 nota). Pela sua ressurreição Ele venceu e aboliu o poder de Satanás, do pecado e da morte física (ver Gn 3.15 nota; Rm 6.10 nota; cf. Rm 5.18,19; 1 Co 15.12-28; 1 Jo 3.8).


A MORTE FÍSICA DO CRENTE. Embora o crente em Cristo tenha a certeza da vida ressurreta, não deixará de experimentar a morte física. O crente, porém, encara a morte de modo diferente do incrédulo. Seguem-se alguma das verdades reveladas na Bíblia a respeito da morte do crente.


(1) A morte, para os salvos, não é o fim da vida, mas um novo começo. Neste caso, ela não é um terror (1 Co 15.55-57), mas um meio de transição para uma vida mais plena. Para o salvo, morrer é ser liberto das aflições deste mundo (2 Co 4.17) e do corpo terreno, para ser revestido da vida e glória celestiais (2 Co 5.1-5). Paulo se refere à morte como sono (1 Co 15.6,18,20; 1 Ts 4.3-5), o que dá a entender que morrer é descansar do labor e das lutas terrenas (cf. Ap 14.3).


(2) A Bíblia refere-se à morte do crente em termos consoladores. Por exemplo, ela afirma que a morte do santo "Preciosa é à vista do SENHOR" (Sl 116.5). É a entrada na paz (Is 57.1,2) e na glória (Sl 73.24); é ser levado pelos anjos "para o seio de Abraão" (Lc 16.22); é ir ao "Paraíso" (Lc 23.43); é ir à casa de nosso Pai, onde há "muitas moradas" (Jo 14.2); é uma partida bem-aventurada para estar "com Cristo" (Fp1.23); é ir "habitar com o Senhor" (2 Co 5.8); é um dormir em Cristo (1 Co 15.8; cf Jo 11.11; 1 Ts 4.13); "é ganho... ainda muito melhor" (Fl 1.21,23), é a ocasião de receber a "coroa da justiça" (ver 2 Tm 4.8 nota).


(3) Quanto ao estado dos salvos, entre sua morte e a ressurreição do corpo, as Escrituras ensinam o seguinte:


(a) No momento da morte, o crente é conduzido à presença de Cristo (2 Co 5.8; Fp 1.23).


(b) Permanece em plena consciência (Lc 16.19-31) e desfruta de alegria diante da bondade e amor de Deus (cf Ef 2.7).


(c) O céu é como um lar, i.e., um maravilhoso lugar de repouso e segurança (Ap 6.11) e de convívio e comunhão com os santos (Jo 14.2 nota).


(d) O viver no céu incluirá a adoração e o louvor a Deus (Sl 87; Ap 14.2,3; 15.3).


(e) Os salvos nos céu, até o dia da ressurreição do corpo, não são espíritos incorpóreos e invisíveis, mas seres dotados de uma forma corpórea celestial temporária (Lc 9.30-32; 2 Co 5.1-4).


(f) No céu, os crentes conservam sua identidade individual (Mt 8.11; Lc 9.30-32).


(g) Os crentes que passam para o céu continuam a almejar que os propósitos de Deus na terra se cumpram (Ap 6.9-11).


(4) Embora o salvo tenha grande esperança e alegria ao morrer, os demais crentes que ficam não deixam de lamentar a morte de um ente querido. Quando Jacó faleceu, por exemplo, José lamentou profundamente a perda de seu pai. O que se deu com José ante a morte de seu pai é semelhante ao que acontece a todos os crentes, quando falece um seu ente querido (ver Gn 50.1 nota)




Estudo Doutrinário extraido da Bíblia de Estudo Pentecostal


Publicada pela Casa Publicadora das Assembléias de Deus


Página 789